segunda-feira, 26 de julho de 2010


Enquanto eu não dormia
eu via as fumaças de fogo subindo as paredes do meu quarto
alguns sinais me avisavam da tempestade que estava por vir
eu sabia que meu barquinho de papel a vela não iria aguentar
tanta ventania, tanta chuva...

comecei então a guardar dentro de mim todos os meus segredos
pois estes me ajudam a ter coragem de seguir em frente
deixo a mostra todos os meus sentimentos
que é para que todos vejam o que eu sinto a cada dia que passa
sempre que todos estão ausentes... então adormeci lentamente

em sonhos ando sozinha por estradas jamais encontradas
aos arredores nada alem de escuridão
o perigo insiste em correr em minhas veias
fazendo subir um arrepio suave pela nuca
ao ouvir passos atrás de mim, sozinha nessa rua...

encontrei um velho poeta de barba branca
esse me deu uma rosa... seus espinhos transbordavam
palavras, amor, alguns até mesmo em forma de lágrimas
oportunos momentos de distração
e as metáforas dançavam no ar soltas a incomodar

cada movimento do meu corpo perdido o relógio rodava lentamente,
desejos sombrios, sonhos que parecem pesadelos
seu nome ao lado do medo
como pode uma rosa ter tantos espinhos?
como entender o fascinante mundo entre você e eu?

nossos pesadelos não nos dizem mais quem somos
nossas asas foram cortadas pela saudade
seu olhar está tão longe de mim,
nossas promessas me fazem adormecer em um pesadelo sem fim

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